PF investiga empresas de ônibus por laços com o PCC
Operação Mafiusi investiga empresas de ônibus em São Paulo por possíveis ligações com o PCC. A PF foca em movimentações financeiras suspeitas e lavagem de dinheiro envolvendo familiares de um suposto líder da organização.
A Polícia Federal (PF) do Paraná investiga a Movebuss e a Transunião por supostas conexões com o PCC (Primeiro Comando da Capital).
A ação é parte da Operação Mafiusi, que busca desvendar as relações entre o PCC e a Ndrangheta, uma organização mafiosa italiana. A informação foi divulgada pelo G1 na 2ª feira (17.mar.2025).
A investigação revela que Patrícia Soriano, irmã de um suposto líder do PCC, recebeu cerca de R$ 228 mil da Movebuss entre 2020 e outubro de 2022. A PF suspeita de lavagem de dinheiro devido à incompatibilidade do padrão de vida da família Soriano com suas rendas declaradas.
A Transunião, que opera 51 linhas na Zona Leste de São Paulo, está sob investigação por movimentações financeiras suspeitas de Jair Ramos de Freitas, que movimentou mais de R$ 32 milhões no período.
A Transunião afirmou que “não tem nenhum envolvimento com organizações criminosas” e se dispõe a colaborar com as investigações. Por sua vez, a defesa de Jair Ramos de Freitas alegou que os valores recebidos são lícitos, com documentação comprobatória. A Movebuss também negou relação com o crime organizado, afirmando que os pagamentos a Patrícia Soriano são decorrentes de um contrato de locação de ônibus.