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PF investiga supostos pagamentos de 'Careca do INSS' a ex-presidente do INSS

Anotações apreendidas pela Polícia Federal ligam lobista a pagamentos a ex-presidente do INSS. Investigação aponta que propinas podem ter influenciado a liberação de descontos irregulares em benefícios.

PF apreende cadernos que indicam pagamentos para ex-presidente do INSS

A Polícia Federal apreendeu cadernos com anotações que, segundo investigadores, indicam supostos pagamentos de um lobista a Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS.

O material foi encontrado no escritório de Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS". Ele é suspeito de pagar propina a altos funcionários do órgão durante um esquema de descontos irregulares.

A PF investiga se Stefanutto recebeu dinheiro de Antunes, com anotações que detalham como a propina era dividida. Até então, a PF e a CGU tinham indícios de que Antunes repassou ao menos R$ 9,32 milhões a servidores do INSS.

A defesa de Stefanutto nega qualquer relação pessoal com Antunes e afirma que ele não recebeu valores ilícitos. Os advogados do lobista também defendem que as acusações não correspondem à verdade.

Uma das principais suspeitas da investigação é a atuação de servidores para permitir os descontos indevidos em massa. Stefanutto é citado como responsável pela liberação de um desconto em favor da Contag.

Além disso, o caso resultou na demissão do Ministro da Previdência, Carlos Lupi, que havia defendido a escolha de Stefanutto como presidente do INSS.

Relatórios indicam que Antunes fez pagamentos de R$ 7,54 milhões a Virgílio Filho, ex-procurador do INSS, e R$ 1,46 milhão a um escritório de advocacia ligado a André Fidelis, ex-diretor do INSS. Pagamentos de R$ 313,2 mil também foram encontrados em nome de Alexandre Guimarães, ex-diretor do órgão.

Os envolvidos negam as acusações e defendem a legalidade de suas ações.

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