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PF mira “Rei do Lixo” em operação que apura fraude bilionária com emendas

Operação investiga corrupção de R$ 1,4 bilhão em contratos fraudulentos de limpeza urbana. Mandados de busca e apreensão são cumpridos em quatro capitais, e empresário é apontado como líder do esquema.

Operação Overclean: A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) iniciaram uma nova fase na investigação de corrupção liderada por José Marcos de Moura, o "Rei do Lixo".

A operação investiga o desvio de até R$ 1,4 bilhão em contratos públicos fraudados e obras superfaturadas com emendas parlamentares.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em 16 endereços em Salvador, Belo Horizonte, São Paulo e Aracaju. Um servidor público foi afastado por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

O esquema teria como epicentro o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), especialmente na Coordenadoria Estadual da Bahia (Cest-BA), envolvendo prefeituras e órgãos públicos.

O ministro Kassio Nunes Marques relatoria do caso no STF, que está sob sigilo total.

José Marcos de Moura, preso e solto em 2024, é considerado o núcleo da organização criminosa, utilizando contratos de limpeza urbana como fachada.

O empresário atua em 17 estados, sendo que em Salvador, mantém um contrato de R$ 427 milhões para coleta de lixo, vigente desde 2018.

A PF revelou ligações políticas de Moura com figuras do União Brasil, incluindo ACM Neto e Bruno Reis. Neto negou envolvimento com irregularidades.

Investigações indicam comunicações entre Moura e a chefe de gabinete do senador Davi Alcolumbre sobre uma emenda de R$ 14 milhões para uma licitação em Juazeiro.

Durante as buscas, a PF apreendeu planilhas detalhadas do esquema em diversos estados, com nomes, projetos e valores de fraudes em licitações.

Em 2024, o esquema movimentou R$ 824 milhões, representando mais da metade dos desvios dos últimos quatro anos.

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