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PGR cita omissão de Mauro Cid e propõe reduzir benefícios do acordo de delação

Procuradoria-Geral da República destaca falhas na delação de Mauro Cid e sugere redução de pena mínima em caso de condenação. Grupo ligado a Bolsonaro, incluindo o ex-presidente, enfrenta acusações severas no STF.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou alegações finais ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A PGR aponta falhas na conduta de Cid como delator e sugere que, em caso de condenação, sua pena seja reduzida em 1/3.

O acordo de colaboração de Cid prevê perdão judicial e redução de pena, mas depende de sua conduta durante o processo.

O procurador-geral, Paulo Gonet, afirmou que a delação de Cid teve “eficácia pontual”, mas seus depoimentos foram superficiais e pouco elucidativos.

Gonet também levantou suspeitas de que Cid usou um perfil no Instagram para discutir sua delação e contatar outros investigados. Essa questão ainda está sob investigação.

A PGR sugere que os benefícios do acordo sejam concedidos considerando a proporcionalidade, levando em consideração a contribuição e lealdade de Cid.

No caso, Cid, Bolsonaro e outros seis aliados (militares e ex-ministros) são réus em ação penal que envolve o “núcleo crucial” da trama golpista. A PGR pede sua condenação.

Se o STF aceitar, a pena de Bolsonaro pode chegar a 39 anos.

Gonet afirma que Bolsonaro é “líder da organização criminosa”, sendo o principal articulador da tentativa de golpe e outros crimes. As defesas negam todas as acusações.

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