PGR defende condenação de Chiquinho e Domingos Brazão por assassinato de Marielle e Anderson
A Procuradoria-Geral da República pede a condenação de cinco acusados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. Os irmãos Brazão são apontados como mandantes do crime, que visava silenciar opositores políticos em áreas dominadas por milícias.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a condenação de Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa por assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
O pedido está assinado por Hindenburgo Chateaubriand, vice-procurador-geral, em alegações finais apresentadas à Corte. Além dos três, a PGR também pede a condenação do policial militar Ronald Alves Pereira e de Robson Calixto, ex-assessor do Tribunal de Contas do Rio.
Todos os cinco suspeitos estão presos preventivamente e negam envolvimento nas mortes. Segundo Chateaubriand, o assassinato de Marielle foi encomendado pelos irmãos Brazão devido à atuação da vereadora contra milícias.
Rivaldo teria dado “diretrizes de execução” e atrapalhado as investigações para garantir impunidade, enquanto Calixto cedeu uma arma usada nos assassinatos. A PGR enfatiza que os homicídios visaram inibir a atuação político-partidária de parlamentares com ideias contrárias aos mandantes.
A manifestação da PGR afirma que os irmãos Brazão e Calixto faziam parte de uma organização criminosa que explorava atividades imobiliárias ilegais e tentava criar “currais eleitorais”. A atuação de Marielle prejudicava o grupo.
A PGR requer que a pena seja cumprida em regime fechado, lembrando que Chiquinho Brazão está em prisão domiciliar por problemas de saúde. O pedido inclui também a condenação por tentativa de homicídio contra a assessora Fernanda Chaves, que sobreviveu.
Após a manifestação, as defesas terão prazo para apresentar alegações finais antes que o relator, Alexandre Moraes, libere o caso para julgamento.