PGR defende denúncia e afirma que acusados “agiam para manter Bolsonaro no poder”
Subprocuradora aponta que grupo agiu para impedir posse de Lula e manter Bolsonaro no poder. Denúncia abrange crimes graves, como organização criminosa armada e tentativa de golpe de Estado.
Cláudia Sampaio Marques, subprocuradora-geral da República, pediu nestaterça-feira (6) que o Supremo Tribunal Federal (STF) aceite a denúncia contra sete investigados do ‘Núcleo 4’ da trama golpista de 2022.
Ela argumentou que o grupo tinha ciência plena de que seu objetivo era impedir a posse de Lula e manter Jair Bolsonaro no poder, mesmo após sua derrota.
Segundo Sampaio, todos agiam para não permitir que o governo legitimamente eleito exercesse o mandato.
Conhecido como “núcleo de desinformação”, esse grupo teria utilizado a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para criar uma central de contrainteligência, com enfoque em:
- Promoção de desinformação;
- Monitoramento de autoridades;
- Ataque às instituições democráticas.
Os investigados enfrentam acusações de:
- Organização criminosa armada;
- Tentativa de golpe de Estado;
- Abolição violenta do Estado democrático de direito;
- Dano qualificado ao patrimônio da União;
- Deterioração de patrimônio tombado.
A análise do STF visa decidir se as provas são suficientes para transformar os investigados em réus. Se a denúncia for aceita, eles se tornarão réus formais no inquérito sobre o plano golpista.
Com esse julgamento, chega a quatro o número de núcleos investigados pelo STF. O ex-presidente Jair Bolsonaro já é réu no processo, por sua participação no núcleo de comando político da tentativa de ruptura institucional.