PGR denuncia ex-assessor de Moraes por obstrução de Justiça e violação de sigilo
Ex-assessor do TSE é acusado de vazar informações e obstruir investigações em processo contra atos anti-democráticos. Denúncia inclui crimes de violação de sigilo, coação e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Denúncia contra Eduardo Tagliaferro
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-servidor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro.
Tagliaferro, que atuou como assessor do ministro Alexandre de Moraes, é acusado de:
- Vazar informações para a imprensa;
- Tentar obstruir investigações sobre atos anti-democráticos;
- Colocar em dúvida a legitimidade do processo eleitoral.
A denúncia inclui os seguintes crimes:
- Violação de sigilo funcional;
- Coação no curso do processo;
- Obstrução de investigação de infração penal;
- Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
De acordo com o documento, entre 15.05.2023 e 15.08.2024, Tagliaferro teria revelado diálogos sigilosos, favorecendo interesses ilícitos de uma organização criminosa.
A denúncia afirma que ele repassou “diálogos confidenciais” à imprensa para afetar a credibilidade das investigações, conforme noticiado pela Folha de S. Paulo em agosto de 2024.
As mensagens indicaram que a assessoria, liderada por Tagliaferro, foi chamada para colaborar em inquéritos conduzidos por Moraes no STF.
O gabinete de Moraes defendeu que todas as ações foram realizadas conforme os termos regimentais.
Tagliaferro se tornou um símbolo das supostas arbitrariedades de Moraes entre os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.