PGR diz que Gustavo Gayer ultrapassou limites da liberdade de expressão em post sobre Gleisi
PGR argumenta que declarações de Gayer vão além da liberdade de expressão e não estão protegidas pela imunidade parlamentar. Ministra Gleisi Hoffmann busca justiça após ofensas e compara comentários do deputado a ataques pessoais.
PGR defende que o STF aceite queixa-crime de Gleisi Hoffmann contra Gustavo Gayer.
Acusado de injúria e difamação, Gayer fez declarações que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), “ultrapassam os limites da liberdade de expressão”.
O vice-procurador-geral, Hindenburgo Chateaubriand, afirmou que as ofensas são desvinculadas do debate político e não estão protegidas pela imunidade parlamentar.
As polêmicas surgiram após Gayer publicar no X (Twitter) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria “oferecendo” Gleisi aos líderes do Congresso, comparando a situação com um cafetão e sua garota de programa. Além disso, fez referências a um “trisal” envolvendo Gleisi, Lindbergh Farias e Davi Alcolumbre.
Gayer disse que seus comentários foram em defesa de Gleisi após declarações de Lula sobre colocar uma “mulher bonita” no cargo. Sua defesa argumenta que ele não teve a intenção de ofender.
O advogado de Gayer, Victor Hugo dos Santos Pereira, reiterou que as publicações estão amparadas pela imunidade parlamentar e que acredita que o STF não acolherá a queixa.
A defesa de Gleisi ainda não se pronunciou. O processo foi iniciado em 20 de abril deste ano.