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PGR: ex-ministro de Bolsonaro usou passagem falsa para justificar ausência no 8/1

Ex-ministro Anderson Torres é acusado de usar passagem aérea falsa para justificar ausência durante ataques de 8 de janeiro. A Procuradoria-Geral da República destaca que sua omissão foi estratégica diante das manifestações violentas previstas.

Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF, de apresentar uma passagem aérea falsa em defesa de sua ausência durante os ataques de 8 de janeiro de 2023.

A PGR afirma que o código localizador “MYIDST” não corresponde a dados pessoais de Torres e que não foi encontrado nenhum bilhete emitido em seu nome para o voo G3-9460.

A defesa de Torres diz que a viagem foi planejada desde julho de 2022, com a passagem comprada em novembro. Os advogados argumentam que ele estava de férias a partir do dia 9 de janeiro, após exercer funções até o dia 6.

No entanto, a PGR contesta essa versão, com alertas sobre manifestações violentas sendo enviados dias antes. Mensagens como “Tomada de Poder” e o aumento de ônibus com manifestantes foram citados.

A atuação das forças de segurança no dia dos ataques foi considerada insuficiente e lenta, com reforços chegando duas horas após os incidentes. Comandantes da Polícia Militar estavam de férias.

A PGR alega que Torres agiu de maneira deliberadamente omissa, facilitando os atos golpistas. A tese de que ele estava no “lugar errado, na hora errada” foi rejeitada.

O ex-governador do DF, Ibaneis Rocha, declarou que só soube da viagem de Torres em 7 de janeiro, após sua partida. Segundo Ibaneis, isso resultou em uma quebra de confiança e levou à exoneração imediata de Torres.

Uma análise do celular de Ibaneis revelou que, um dia antes dos ataques, Torres enviou o contato do seu substituto, indicando mais um sinal de negligência em seus deveres.

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