PGR pede devolução de passaportes a advogado e ex-assessor de Bolsonaro
Procurador-geral da República recomenda a devolução de bens e passaportes de indiciados no inquérito da tentativa de golpe. Decisão final sobre o caso ficará a cargo do ministro Alexandre de Moraes no STF.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, recomendou nesta segunda-feira, 10, a devolução dos bens e passaportes do advogado Amauri Feres Saad e do ex-assessor da Presidência Tércio Arnaud Tomaz.
A decisão final cabe ao relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Alexandre de Moraes.
Saad e Tomaz foram indiciados pela Polícia Federal (PF) no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado, mas não estão na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Gonet acredita que os itens apreendidos já foram analisados e não são mais relevantes para a investigação.
O pedido de devolução foi feito pelas defesas dos indiciados, que desde janeiro do ano passado, estão proibidos de contatar outros investigados e de deixar o País, resultando na apreensão dos passaportes.
Amauri Feres Saad foi indicado pela PF como um dos autores da minuta golpista, elaborada em conjunto com Filipe Martins e padre José Eduardo de Oliveira.
Tércio Arnaud Tomaz, acusado de participar do “gabinete do ódio”, teria editado e repassado vídeos questionando a legitimidade das urnas eletrônicas e do processo eleitoral. Ele também teria enviado vídeos ao tenente-coronel Mauro Cid.
Além deles, outras oito pessoas indiciadas pela PF não foram denunciadas pela PGR, incluindo o presidente nacional do PL Valdemar Costa Neto.