PIB da Argentina cresce 1,4% no 4º trimestre, mas fecha 2024 com queda de 1,7%
Argentina fecha 2024 com queda no PIB, mas registra crescimento no quarto trimestre. Governo implementa medidas rigorosas para combater inflação enquanto busca novo acordo com o FMI.
Argentina registra crescimento de 1,4% no quarto trimestre de 2024, encerrando o ano com queda de 1,7%, conforme informado pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censo (Indec) em 19 de janeiro. Apesar da recessão no primeiro semestre de 2024, a economia se recuperou na segunda metade do ano.
A queda do PIB foi menor que a previsão do FMI, que esperava uma baixa de 3,5%. No terceiro trimestre, a economia cresceu 4,3% após períodos anteriores de encolhimento. Comparado ao quarto trimestre de 2023, o PIB avançou 2,1% em 2024.
O crescimento no final do ano foi impulsionado pelo consumo privado, que subiu 3,2%. Os investimentos e importações aumentaram 11,3% e 12,9%, respectivamente. Setores como agricultura e mineração cresceram 4% e 7,9%, enquanto a construção caiu 12,4%.
Para o ano de 2024, a agricultura teve um forte crescimento de 31,3%, enquanto a construção e o comércio atacadista caíram 17,7% e 7,3%, respectivamente. O FMI prevê um crescimento de 5% para a Argentina em 2025.
Medidas de Javier Milei: Desde dezembro de 2023, o governo implementou medidas severas para controlar a inflação. Em fevereiro, a alta de preços anual foi de 79,4% e alcançou 211% no início de 2024, uma das mais altas do mundo.
As ações de Milei incluem manter o câmbio estável, cortes de gastos públicos e redução da emissão de moeda. Essas medidas resultaram na perda de poder de compra da população, gerando protestos.
Atualmente, o Congresso argentino discute um novo acordo com o FMI para um empréstimo. Detalhes do acordo ainda são limitados, mas o secretário de Finanças, Pablo Quirno, afirmou que a taxa de juros anual será de 5,63%, inferior à 6,46% da proposta anterior. O programa está previsto para durar dez anos.