PIB da Argentina recua 1,7% em 2024, primeiro ano de Milei
A economia argentina enfrenta uma contração de 1,7% em 2024 devido às políticas fiscais rígidas do presidente Javier Milei. Apesar da retração, sinais de recuperação começam a aparecer no segundo semestre, com um crescimento de 1,4% no PIB no quarto trimestre.
PIB da Argentina recuou 1,7% em 2024, conforme dados do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). Este é o primeiro resultado anual sob o governo de Javier Milei.
A queda econômica é resultado do "Plano Motosserra", implementado para conter a inflação alta, que estava em 211,4% ao final de 2023. Apesar do recuo, o PIB do quarto trimestre cresceu 1,4%, sinalizando uma possível recuperação.
O FMI previa uma queda de 3,5% no PIB argentino em 2024, mas projeta uma alta de 5,0% em 2025.
O discurso de posse de Milei, em dezembro de 2023, indicou um período desafiador. O Plano Motosserra inclui:
- Fim de subsídios para serviços básicos;
- Eliminação de controle de preços na cesta básica;
- Congelamento de obras públicas;
- Demissões de funcionários públicos;
- Redução de reajustes salariais;
- Abertura econômica.
A inflação disparou, atingindo 287,9% em março de 2024. A medida levou a um aumento na pobreza, que alcançou 52,9% da população.
A partir de abril, a inflação começou a desacelerar, encerrando 2024 em 117,8%. Isso gerou um clima de otimismo entre os consumidores, com relatos de que as pessoas estão retomando seus gastos.
Os desafios para 2025 incluem atrair investimentos e manter a popularidade de Milei, conforme o país se aproxima das eleições para novos deputados e senadores.
Os cortes de custos deverão resultar em maior confiança dos investidores, essenciais para a recuperação econômica da Argentina.