Pix não 'canibalizou' cartões de crédito; diz presidente do BC
Gabriel Galípolo defende o Pix como uma ferramenta essencial para a inclusão financeira e crescimento do mercado. Ele destaca o aumento dos cartões de crédito desde a sua implementação e reforça a necessidade de sua gestão pública.
Em evento no Rio de Janeiro nesta quarta-feira, 6, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, defendeu o Pix, criticando as alegações de Donald Trump sobre prejuízos à receita bancária no Brasil.
Galípolo chamou o Pix de uma "revolução" do sistema financeiro brasileiro, que aumentou a bancarização da população e negou que competisse diretamente com cartões de crédito.
Crescimento dos cartões de crédito:
- Cartões de crédito cresceram 20,9% entre 2020 e 2024 após o Pix.
- Crescimento foi 13,1% na década anterior, de 2009 a 2019.
Galípolo destacou que o Pix não causou rivalidade: "Os cartões de débito e crédito apresentam um crescimento maior do que antes do advento do Pix."
Pix como legado do Banco Central:
Ele enfatizou que o Pix trouxe mais inclusão financeira e gerou novos produtos, como Pix automático, parcelado e em garantia.
Gestão pública essencial:
Galípolo defendeu que o Pix deve continuar sob controle do Banco Central para garantir a segurança do sistema financeiro. Delegar a gestão a uma instituição privada poderia criar conflitos de interesse.
Despesas com tecnologia:
Ele também pediu a aprovação da PEC 65/2023 para aumentar o orçamento do Banco Central, já que 70% do valor investido deve ser destinado à manutenção de inovações.
Galípolo alertou: "Se não, o orçamento do Banco Central fica espremido."