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Pix parcelado cresce entre MEIs e gigantes do e-commerce, ampliando crédito no varejo

Fintechs e bancos começam a oferecer pagamento parcelado via pix, impulsionando a adesão entre consumidores e comerciantes. Apesar da ausência de regulamentação oficial, a modalidade cresce rapidamente no comércio digital e físico.

Pix parcelado, uma modalidade em desenvolvimento pelo Banco Central, ainda não foi lançada oficialmente. Porém, bancos e fintechs podem oferecer pagamentos parcelados via pix aos seus clientes.

A Koin, fintech especializada, firmou parcerias com empresas como Boca Rosa Beauty e AliExpress para implementar o modelo BNPL (“compre agora e pague depois”). O cliente realiza um pix da primeira parcela enquanto a Koin adianta o valor total para o lojista.

O AliExpress, em parceria com a Pagaleve, permite pagamentos em quatro parcelas quinzenais sem juros ou até 12 meses com juros. A modalidade visa digitalizar o comércio nacional e melhorar a experiência do consumidor.

Diferente do pix tradicional, o pix parcelado pode ser considerado uma linha de crédito e, portanto, pode incluir juros. Os critérios para cada banco variam, e alguns podem oferecer parcelamentos sem juros.

A aceitação do pix parcelado cresceu, especialmente no e-commerce. Em janeiro, 49,2% das lojas ofereciam algum tipo de BNPL, comparado a apenas 15% no início de 2022. A expectativa da Koin é aumentar sua participação no mercado de 1% para 7% até 2027.

A InfinitePay também utiliza o pix parcelado com pequenas empresas, permitindo que comprem à vista e vendam parceladamente. Setores como beleza e moda predominam nas transações.

A modalidade já está disponível no banco Itaú, permitindo parcelamentos em até 48 vezes com pagamento à vista aos fornecedores. Mais de 30% dos brasileiros usaram o pix parcelado recentemente, empatando com o cartão de crédito rotativo em popularidade.

Apesar do crescimento, a inadimplência preocupa. Dados mostram que 73,5 milhões de consumidores estavam inadimplentes em dezembro. Especialistas alertam para os riscos do crédito e a importância de análises cuidadosas para evitar problemas financeiros.

As tendências futuras incluem a expansão do BNPL para novos segmentos e a necessidade de uma regulamentação eficiente do mercado, além de um gerenciamento adequado do risco de inadimplência.

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