PL cogita lançar mulher que pichou estátua como candidata e pede revisão de prisões do 8 de Janeiro
Débora Rodrigues, presa por envolvimento nos atos de 8 de janeiro, pode se tornar candidata em 2026, mas enfrenta riscos legais que podem torná-la inelegível. O PL defende sua possível candidatura como um símbolo da luta pela liberdade de expressão.
Partido Liberal (PL) considera lançar Débora Rodrigues dos Santos como candidata nas eleições de 2026.
Débora, cabeleireira, foi presa em março de 2023 por participação nos atos de vandalismo de 8 de janeiro. Ela obteve prisão domiciliar na última sexta-feira (28) por decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Segundo Sóstenes Cavalcante, líder do PL, Débora pode ser um símbolo da “luta pela liberdade de expressão”, reforçando o argumento do partido pela anistia aos envolvidos nos ataques.
Ainda assim, a situação jurídica de Débora é incerta. Se condenada pelo STF, pode ficar inelegível pela Lei da Ficha Limpa, que exclui candidatos condenados por crimes contra o Estado Democrático de Direito.
Ela enfrenta várias acusações, incluindo tentativa de golpe de Estado e associação criminosa armada.
Sóstenes também solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) a revisão de prisões preventivas de outros envolvidos no 8 de janeiro, sugerindo que os critérios da prisão de Débora deveriam ser estendidos a outros detentos.
Débora deixou a Penitenciária Feminina de Rio Claro (SP) no sábado (29) e agora cumpre prisão domiciliar em Paulínia (SP), com tornozeleira e restrições, como a proibição de acessar redes sociais.
Seu julgamento ainda não foi concluído, devido a um pedido de vista do ministro Luiz Fux.