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Planalto e Itamaraty divergem sobre tom de reação a ameaças de gestão Trump a Moraes

Divergências internas no governo brasileiro dificultam uma resposta unificada diante das possíveis sanções dos EUA ao ministro Alexandre de Moraes. Enquanto o Planalto defende uma reação imediata, o Itamaraty opta por uma postura cautelosa e de espera.

Silêncio do governo brasileiro sobre possíveis sanções do governo dos EUA ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, reflete divergências internas.

Enquanto o Palácio do Planalto deseja uma resposta rápida, o Itamaraty prefere não reagir antes de um evento concreto. A diplomacia acredita que não vale a pena entrar em um embate midiático, incitado pela oposição, liderada pelo deputado Eduardo Bolsonaro.

Na quinta-feira, após declarações do secretário de Estado americano, Marco Rubio, sobre as sanções, a Presidência pediu que o Itamaraty preparasse uma nota, que não foi divulgada. O tom a ser usado com Washington ainda será decidido. Por ora, a linha contida foi a escolhida.

Rubio afirmou em audiência na Câmara dos Representantes dos EUA que Moraes pode enfrentar sanções, incluindo bloqueio de bens, cancelamento de visto e proibição de entrada nos EUA. Ele reafirmou que a situação está "sob análise".

Magistrados do STF acreditam que a defesa de Moraes deve ser feita por vias diplomáticas, considerando a ameaça às punições como uma afronta ao Estado brasileiro.

Nos EUA, parlamentares do partido republicano acusam Moraes de utilizar o sistema judicial como uma arma política. As punições estariam baseadas na Lei Global Magnitsky, que permite ações contra autoridades por corrupção e violações de direitos humanos.

Tensão silenciosa marca as relações entre Brasil e EUA desde que Trump assumiu, com pouca comunicação entre Mauro Vieira e Rubio.

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