Plano de Transformação Ecológica pode impulsionar PIB e geração de empregos, diz estudo
Brasil pode atingir neutralidade das emissões de gases do efeito estufa até 2050 com o Plano de Transformação Ecológica. Estudo aponta que as políticas do plano podem impulsionar o crescimento econômico e gerar milhões de empregos.
Brasil pode alcançar neutralidade de emissões até 2050 com o Plano de Transformação Ecológica (PTE), afirma estudo do Ministério da Fazenda e UFRJ.
O PTE visa conciliar crescimento econômico e redução de gases do efeito estufa (GEE), abrangendo políticas públicas em curto, médio e longo prazos.
Entre as ações destacadas estão:
- Regulamentação do mercado de carbono;
- Taxonomia sustentável;
- Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF);
- Programas como Combustível do Futuro e EcoInvest.
O estudo projeta um aumento médio do PIB em:
- 0,8 p.p. ao ano até 2035;
- 0,15 p.p. até 2050.
No curto prazo (2025-2030), o crescimento do PIB pode chegar a 3,02%. No médio prazo (2025-2040), a 2,38%. No longo prazo (2025-2050), a 2,21%.
O PTE deve gerar 2 milhões de empregos, principalmente nos primeiros anos após a implementação. A renda per capita pode aumentar 4% até 2050.
O estudo destaca que o PTE não aumenta a desigualdade de renda e pode reduzir significativamente as emissões de GEE. O desmatamento deve ser eliminado e o setor agropecuário atuará como removedor de CO2.
Porém, o documento alerta para o risco de aumento do desmatamento devido ao crescimento econômico. A promoção de ganhos de produtividade da terra será essencial para mitigar esses riscos.
Esta análise resulta de uma colaboração entre o Ministério da Fazenda, o PNUMA e a UFRJ.