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Planos de saúde individuais devem subir no máximo 6,5% neste ano, calculam analistas

Reajuste dos planos de saúde individuais pode impactar custos dos planos coletivos. ANS deve divulgar o índice oficial até maio, com previsão de ser o menor desde 2008.

Reajuste de planos de saúde: os planos individuais ou familiares devem ter um aumento de até 6,5% em 2024, segundo analistas do setor. Esse percentual é superior à inflação prevista de 4,83% pelo IBGE, mas abaixo do teto de 6,91% definido pela ANS no ano anterior.

Embora os planos individuais representem menos de 17% do total de 52 milhões de usuários, o reajuste influencia os planos coletivos, que são negociados diretamente entre operadoras e contratantes, frequentemente resultando em aumentos de dois dígitos. Em 2023, a média de reajuste para coletivos foi de 13,80%.

Divulgação do índice: a ANS definirá o percentual oficial até maio, considerando variações de custos médico-hospitalares e a inflação geral excluindo saúde. Após aprovação pelo Ministério da Fazenda, o aumento será aplicado de 1º de maio de 2025 a 30 de abril de 2026.

Análises de consultorias como BTG e Milliman indicam que o teto de reajuste pode variar entre 6% e 6,20%, com melhoras na sinistralidade e no resultado operacional das operadoras, embora cerca de 40% ainda apresentem resultados negativos.

A FenaSaúde destacou que o índice representa, possivelmente, o menor reajuste em 17 anos, fruto de esforços em gestão, mas alertou que o aumento da ANS frequentemente não cobre completamente as despesas assistenciais reais das operadoras, devido a diversos custos, incluindo as despesas judiciais em alta.

O volume de processos judiciais contra as operadoras chegou em 300 mil novos casos em 2024, representando um recorde. A pesquisa também enfatiza que o controle dos preços individuais é crucial não apenas para os planos regulados, mas também como uma 'âncora' nas negociações de planos não regulamentados.

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