Plínio Valério diz que não se arrepende de fala sobre 'enforcar' Marina Silva, leva reprimenda de Alcolumbre e é chamado de psicopata; entenda a polêmica

Senador Plínio Valério (PSDB-AM) disse que teve vontade de "enforcar" a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante evento da Fecomércio no Amazonas. Sua declaração gerou controvérsia e foi reprimida publicamente pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), na quarta-feira (19).

Valério declarou não se arrepender da fala, embora reconheça que "não faria de novo". Ele descreveu suas palavras como uma "brincadeira", sucedendo uma audiência pública sobre a BR-319, onde expressou frustração com a postura da ministra.

Davi Alcolumbre classificou seu comentário como "infeliz" e potencialmente "combustível" para a violência, em um país polarizado. Ele criticou a atitude do senador, afirmando que isso agride o que se busca para o Brasil.

Após a reprimenda, Plínio Valério reafirmou que não teve intenção de ofender, sugerindo que sua declaração se referia à ministra como cargo, não à pessoa dela. Ele expressou insatisfação com a forma como Alcolumbre tratou o assunto, sugerindo uma conversa privada.

Marina Silva respondeu à declaração no programa "Bom Dia, Ministra", afirmando que a fala de Valério não deve ser considerada uma piada e lembrando que "quem brinca com a vida dos outros é capaz de fazer ameaças".

A senadora Zenaide Maia (PSD-RN) emitiu uma nota de repúdio à atitude de Valério, pedindo um pedido de desculpas público. Ela descreveu a ação como um "ato de violência de gênero" e reiterou a importância de respeitar todas as mulheres, incluindo Marina Silva.