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PM do RJ reclama com chefe do tráfico de repasse: “favela grande e só manda isso”?

Relatório da PF revela pagamentos de propina e colaboração entre traficante e policiais militares. Investigação destaca a infiltração de facções criminosas na segurança pública do Rio de Janeiro.

Investigações revelam ligação entre Professor, líder do Comando Vermelho, e policiais militares do Rio de Janeiro.

Relatório da Polícia Federal destaca que o traficante negociava propinas a policiais, recebia informações sigilosas e atendia pedidos para devolver bens roubados.

A operação em questão, Operação Dakovo, investiga a compra de armamento pesado por facções brasileiras, incluindo transações no Paraguai, Bolívia e Colômbia. Professor é apontado como responsável pela importação de fuzis e pistolas.

Em uma conversa de fevereiro de 2022, um policial identificado como Hulk pressiona o traficante por um aumento na propina, reclamando do valor de R$ 1.200, considerado baixo para sua área de atuação. Professor se irrita e responde com uma declaração sobre o respeito nas tratativas.

Em março de 2023, Hulk contata Professor a pedido de uma coronel da PM para recuperar um carro roubado, que foi devolvido intacto. Hulk informa sobre a intervenção da coronel, sugerindo conexões diretas com a criminalidade.

O relatório também aponta que, em maio de 2022, Professor teve acesso a um boletim interno da PM, indicando um vazamento de dados sigilosos. Isso aumenta as suspeitas sobre a infiltração da facção na polícia.

Professor está foragido desde 2018, após não retornar de uma saída temporária. Ele havia sido preso em 2015 pela própria PF.

As novas evidências devem impulsionar investigações sobre o aparelhamento da segurança pública por organizações criminosas, um tema relevante nas recentes ações da PF contra milicianos, traficantes e agentes públicos.

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