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'Pobreza de tempo' viola direito das mulheres à autonomia econômica, diz secretária de Cuidados e Família

Nova Política Nacional de Cuidados busca transformar a realidade do trabalho de cuidado no Brasil, destacando sua importância social e econômica. A secretária Laís Wendel Abramo ressalta a necessidade de unificar esforços para atender tanto quem recebe quanto quem oferece cuidados.

Brasil enfrenta pobreza de tempo, com foco no trabalho invisível de cuidados que afeta principalmente as mulheres, segundo Laís Wendel Abramo, secretária nacional da Política de Cuidados e Família.

Em 2022, mulheres brasileiras dedicaram o dobro de tempo às tarefas domésticas em comparação aos homens. Isso gera consequências pessoais e econômicas.

Em dezembro de 2024, foi sancionada a Política Nacional de Cuidados, que visa elaborar um plano dirigido tanto a quem recebe cuidados quanto a quem cuida.

Abramo ressalta a necessidade de mudanças culturais e nas leis trabalhistas, apontando que a PEC das Domésticas, embora um avanço, apresenta problemas que deixam diaristas sem direitos.

O plano nacional, em fase avançada, será lançado em breve e se propõe a:

  • Garantir o direito ao cuidado para quem precisa.
  • Desenvolver políticas públicas de qualidade para os cuidadores.
  • Promover trabalho decente para as trabalhadoras do setor.

Abramo destaca a importância da transformação cultural e a necessidade de políticas que apoiem as famílias. Aumento na oferta de creches e centros de serviços é uma das soluções propostas.

Sobre as trabalhadoras domésticas, a secretária enfatiza a necessidade de legislação que reconheça o pluriemprego e facilite o acesso à educação e capacitação.

Apesar da presença masculina predominante na política, Abramo acredita que a pautação das questões de cuidado é vital para a mudança. O Brasil busca enfrentar as desigualdades sociais e de gênero através dessas novas políticas.

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