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Poder bélico, software e o futuro do Ocidente: o livro-manifesto do CEO da Palantir

Autores de livro manifestam preocupação com o desvio do Vale do Silício em relação à colaboração com o governo e alertam para a competição tecnológica crescente com a China. Eles defendem a necessidade de reintegrar inovação militar e civil para garantir a superioridade ocidental diante das novas ameaças.

O Vale do Silício: tradicionalmente um centro de inovação militar, agora se desvia da colaboração governamental, conforme aponta Alexander Karp, cofundador da Palantir.

Karp e Nicholas Zamiska lançaram o livro A república tecnológica, onde argumentam que o avanço no Ocidente está ameaçado pela complacência dos EUA e competição com a China.

Os autores afirmam que a era digital é dominada por redes sociais e comércio online, causando um declínio na inovação. Eles defendem que a próxima corrida armamentista será baseada em inteligência artificial, substituindo a dissuasão atômica.

Três décadas atrás, os EUA eram indiscutivelmente líderes tecnológicos. A complacência atual, junto com avanços tecnológicos da China, coloca a superioridade militar em risco. As inovações futuras, como reconhecimento facial e enxames de drones, são destacadas.

A relação entre empresas de tecnologia e governo se rompeu, com cientistas evitando colaborar com o setor público. A cultura do Vale do Silício mudou para um foco em startups e individualismo, levando a uma lacuna nas inovações essenciais.

Karp e Zamiska pedem uma reconciliação nacional para reconstruir uma república tecnológica, sublinhando a importância de alinhar inovação com interesses nacionais.

O livro critica o establishment de esquerda e propõe um novo nacionalismo, argumentando que o desenvolvimento de IA deve ser acelerado, apesar dos riscos envolvidos.

Concluem que essa busca por inovação é fundamental para preservar a legitimidade da democracia. “Se você quer a paz, esteja preparado para a guerra,” reiteram os autores.

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