“Poderíamos estar contando a história de um golpe”, diz Gilmar
Gilmar Mendes enfatiza a atuação do STF na proteção da democracia após os atos do 8 de Janeiro. Ele destaca a responsabilidade constitucional da Corte e critica a deslegitimação do sistema eleitoral por figuras ligadas ao golpismo.
Ministro do STF, Gilmar Mendes, defende ações da Corte em discurso na OAB em Madri (5.mai.2025).
Durante o evento, ele afirmou que o Supremo se orientou pelo dever de ação pela Constituição ao julgar os envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, reafirmando sua defesa pela democracia.
Gilmar destacou a necessidade de lutar contra tendências autoritárias e mencionou o caso do ex-presidente Bolsonaro, que se tornou réu por tentativa de golpe de Estado em 2022, junto a outros 7 indivíduos. Isso resultou em uma ação penal que pode resultar em até 43 anos de prisão.
O ministro abordou também questionamentos sobre o processo eleitoral e a segurança das urnas eletrônicas, enfatizando a participação do ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, na trama golpista.
Braga Netto foi preso em dezembro de 2024 durante a Operação Contragolpe, acusado de atrapalhar a produção de provas. A prisão foi mantida pelo STF em março de 2025, com o ministro Alexandre de Moraes destacando sua tentativa de obstruir investigações.
Gilmar afirmou que o general tentava interferir nas apurações desde agosto de 2023, indicando uma estratégia para se manter no poder após possíveis derrotas eleitorais.