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Polícia da Hungria proíbe marcha LGBT+ em Budapeste, e prefeito reage

A polícia húngara justifica a proibição da marcha com uma nova legislação que protege crianças, enquanto o prefeito de Budapeste contesta a decisão. O evento, que promete atrair grandes multidões, segue como um campo de disputa entre autoridades locais e nacionais.

Polícia da Hungria proíbe marcha do Orgulho LGBTQIA+ em Budapeste, marcada para 28 de junho.

A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (19), apesar da afirmação do prefeito Gergely Karácsony de que o evento seria municipal e não precisaria de autorização.

O Parlamento húngaro, dominado pelo Partido Fidesz, aprovou em março uma legislação que permite à polícia proibir marchas LGBTQIA+, alegando proteção de crianças.

A nova lei também autoriza o uso de câmeras de reconhecimento facial pela polícia para identificar participantes.

Karácsony tentou contornar a legislação e reiterou que a cidade realizaria o evento, mas a polícia argumenta que ainda está sujeito à legislação nacional, justificando a proibição.

A norma proíbe eventos que violem uma legislação de 2021, que proíbe a promoção da homossexualidade entre menores.

Karácsony afirmou que a proibição não tem relevância, pois as autoridades não foram notificadas oficialmente sobre os planos do evento, e reforçou que a prefeitura sediará a Celebração da Liberdade.

O evento espera atrair dezenas de milhares de pessoas.

O primeiro-ministro Viktor Orbán enfrenta uma eleição desafiadora em 2026, enquanto intensifica a campanha contra a comunidade LGBTQIA+ para agradar eleitores conservadores.

Orbán já havia sugerido em fevereiro que os organizadores não deveriam se preocupar em realizar a parada neste ano.

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