Polícia Federal mira repasse de informações sigilosas do STJ
A nova fase da operação Sisamnes foca em uma rede clandestina que divulgava informações sigilosas do STJ. Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Tocantins, visando desarticular o esquema de corrupção e obstrução de Justiça.
Operação Sisamnes da PF foi deflagrada em 18.mar.2025, visando uma rede clandestina de monitoramento e comércio de informações sigilosas sobre investigações no STJ.
Foram expedidos 4 mandados de busca e apreensão no Tocantins, pela determinação do STF. Os investigados foram afastados de seus cargos e tiveram os passaportes recolhidos.
A investigação apura crimes de:
- Obstrução de Justiça
- Violação de sigilo funcional
- Corrupção ativa e passiva
Na 1ª fase da operação, em novembro de 2024, a PF cumpriu 24 mandados e prendeu preventivamente magistrados, advogados, empresários e servidores de tribunais.
A operação começou após mensagens encontradas no celular do advogado Roberto Zampieri, morto em 2023. A Corregedoria Nacional de Justiça instaurou reclamação disciplinar contra 2 desembargadores do TJ-MT.
Os indícios apontam que os desembargadores recebiam vantagens financeiras para julgar casos conforme interesses do advogado falecido. A PF investiga a existência de uma rede de intermediação envolvendo empresários e servidores do Judiciário.
Os mandados foram cumpridos em Distrito Federal, Mato Grosso e Pernambuco. O ministro Zanin afirmou que a análise do celular revelou “amplo arcabouço” de diálogos sobre “espúrias negociações”, sem indícios de envolvimento de ministros do STJ.