Polícia liga dissidência das Farc a ataque contra presidenciável na Colômbia
A dissidência das Farc é apontada como a principal suspeita por trás do atentado ao pré-candidato presidencial. A polícia investiga as ligações entre os mandantes e os suspeitos já detidos.
Colômbia investiga atentado contra Miguel Uribe
As autoridades colombianas indicaram que a dissidência Segunda Marquetalia, liderada por Iván Márquez, pode ser a autora intelectual do atentado contra o pré-candidato presidencial Miguel Uribe, que está em estado grave na UTI há quase dois meses.
A Segunda Marquetalia, formada por ex-combatentes das Farc, possui mais de 2 mil membros. O diretor da polícia, Carlos Fernando Triana, afirmou que a participação do grupo no atentado está sendo investigada.
Suspeita-se que Márquez e seu número dois, Zarco Aldinever, estejam mortos. Laura Bonilla, da Fundação Paz e Reconciliação, não descarta essa possibilidade.
Uribe, senador de 39 anos, foi baleado em um comício em Bogotá no dia 7 de junho e sua recuperação é considerada um milagre pela família. A pesquisa sugere que a Segunda Marquetalia pode ter motivação política para o ato.
- Seis pessoas estão presas, incluindo um menor de 15 anos, autor do disparo.
- Elder José Arteaga Hernández, conhecido como El Costeño, foi preso e apontado como planejador do atentado.
O ataque reabre feridas da violência política nas décadas de 1980 e 1990. O governo de Gustavo Petro havia iniciado diálogos de paz com a Segunda Marquetalia em 2024, mas as negociações estão suspensas.