Polícia liga influenciador Buzeira a desvios financeiros no Corinthians

Relatório da Polícia Civil sobre Bruno Alexssander, conhecido como “Buzeira”, foi entregue à Justiça em 23 de junho de 2025. O documento investiga desvios financeiros relacionados ao contrato do Corinthians com a VaideBet.

Empresas ligadas a Buzeira estão envolvidas na movimentação de recursos desviados, com suspeitas de lavagem de dinheiro e conexão com o crime organizado.

Entre os credores, constam empresários ligados a jogadores e um agiota da zona leste de São Paulo, que teria ameaçado um dirigente do clube.

O relatório detalha transações entre empresas de fachada, como Neoway e Wave. A Victory Trading transferiu R$ 1 milhão para a Buzeira Digital em 1º de abril de 2024, três dias após recebimentos do Corinthians por uma empresa vinculada a um agente. Em 22 de abril, mais R$ 300 mil foram enviados à Buzeira Digital.

Entre julho de 2023 e junho de 2024, a Buzeira Digital recebeu valores de um agropecuarista de Goiás e um promotor de vendas do Espírito Santo, ambos com transferências simultâneas para a Wave.

A polícia indica fortes indícios de ligações entre Buzeira e organizações criminosas, reforçadas pela delação de Antônio Gritzbach, que mencionou a UJ Football em um esquema de lavagem de dinheiro. O relatório afirma que os vínculos são “não podem ser considerados típicos nem acidentais”.

A PF investiga também a participação de Buzeira em rifas falsas conectadas ao crime organizado, com possíveis vínculos a um traficante chamado “Neymar do PCC”.

Buzeira, próximo ao Corinthians, esteve na Neo Química Arena após o título do Paulistão de 2025 e é um dos maiores doadores da campanha da Gaviões.

O influenciador nega qualquer envolvimento e aguarda acesso ao inquérito. O presidente afastado do Corinthians, Augusto Melo, também negou relações além de uma foto e visita ao CT, afirmando que não houve investimento no clube por parte de Buzeira.