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Políticas de Donald Trump devem esfriar o crescimento e elevar a inflação, dizem economistas

Economistas alertam que as políticas de Trump podem levar a um crescimento econômico mais lento e inflação elevada. A qualidade das estatísticas econômicas também é uma preocupação crescente, após a dissolução de um comitê essencial para a melhoria dos dados.

Economistas alertam: as políticas de Donald Trump podem desacelerar o crescimento econômico dos EUA e aumentar a inflação, segundo uma pesquisa do Financial Times.

Preocupações com a qualidade das estatísticas econômicas surgiram após a dissolução de um comitê que ajudava a melhorar esses dados. A pesquisa FT-Chicago Booth foi realizada após vendas de ações e é antes da previsão do Federal Reserve, programada para quarta-feira (19).

O economista Robert Barbera declara que "nada do tipo esteve em jogo nos meus 50 anos de previsões", referindo-se a tarifas, cortes de impostos e ataques ao financiamento da educação.

Quase todos os entrevistados afirmaram que a incerteza política prejudicará o crescimento, reduzindo gastos de consumidores e empresas. A estimativa mediana de crescimento para 2025 caiu para 1,6%, abaixo dos 2,3% da pesquisa anterior. Em 2022, a economia cresceu 2,8%.

As tarifas sobre aço e alumínio já mostraram efeitos negativos, com quedas em novos pedidos e desconfiança do consumidor. Canadá e China retaliaram com suas próprias tarifas. Economistas preveem que as políticas de Trump aumentarão a inflação, com o índice de preços chegando a 2,8% até o fim do ano.

Karen Dynan, da Universidade Harvard, comenta que a incerteza atual pode reduzir investimentos. As políticas de Trump também têm encontrado desafios legais, e as constantes reavaliações criam incerteza sobre sua efetividade.

Mais de 90% dos entrevistados expressaram preocupações sobre a qualidade dos dados econômicos, agravadas pela dissolução do Comitê Consultivo de Estatísticas Econômicas Federais. O secretário de Comércio, Howard Lutnick, anunciou planos para mudanças na medição de gastos do governo, que geraram críticas.

James Hamilton da Universidade da Califórnia alerta que mudanças politicamente motivadas na coleta de dados podem ser preocupantes.

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