População de elefantes na Índia está em declínio, alerta o governo

A Índia, guardiã de quase 60% dos elefantes selvagens do planeta, enfrenta um grave desafio de conservação. O declínio da espécie na Ásia é atribuído à perda de hábitats e à expansão humana.

Em evento pelo Dia Mundial do Elefante, o ministro Vardhan Singh destacou que a conservação não é apenas uma decisão política, mas reflete os valores de responsabilidade ecológica da Índia.

O governo possui atualmente:

• 33 reservas de elefantes
• 150 corredores ecológicos identificados
• Quase 60% da população mundial de elefantes selvagens

Um censo entre 2022 e 2023 estimou a população de elefantes na Índia em 15.887, uma queda de 20% desde 2017. Estados como Odisha e Jharkhand enfrentaram quedas alarmantes de 54% e 68%, respectivamente.

A fragmentação dos corredores ecológicos resulta em mortes de elefantes e humanos devido à interação entre as espécies. Nos últimos cinco anos, mais de 500 elefantes e 606 pessoas foram vítimas de conflitos, com Odisha sendo a região mais afetada.

O Projeto Elefante de 1992 implementou tecnologias como coleiras GPS e o Plano Abelha, que utiliza abelhas para prevenir acidentes com trens.

As mudanças climáticas também afetam os elefantes, levando-os a invadir áreas habitadas em busca de água e alimento, intensificando conflitos com comunidades locais.

A Índia abriga cerca de 60% dos elefantes asiáticos*, com a população continental estimada em 27 mil. Em contraste, países como China e Vietnã enfrentam uma diminuição drástica, com números reduzidos a centenas.

A conservação liderada pela Índia é crucial para a sobrevivência a longo prazo da espécie na Ásia, desempenhando um papel vital na manutenção da diversidade genética.

Os elefantes na Índia são mais do que animais; simbolizam força, sabedoria e boa sorte, com uma relação cultural e ancestral com a natureza.

*Com informações da EFE.
Publicado por Nátaly Tenório