Por que a bolsa caiu diante do pacote de socorro a empresas afetadas pelo tarifaço?
Mercado brasileiro enfrenta resistências apesar de otimismo externo; Ibovespa recua com foco no risco fiscal. Medidas do governo para empresas exportadoras são consideradas modestas e levantam preocupações sobre o impacto nas contas públicas.
Quarta-feira (13) tranquila em mercados ocidentais, exceto no Brasil, onde o risco fiscal impede otimismo, apesar das expectativas de cortes nos juros americanos.
O Ibovespa caiu 0,9%, fechando a 136.687 pontos, mas ainda acumula alta de 0,57% na semana e 2,72% em agosto. No ano, a valorização é de 13,64%.
O governo anunciou pacote de socorro com medidas limitadas para empresas impactadas pela tarifa de 50% imposta pelos EUA, incluindo uma linha de crédito de R$ 30 bilhões e a expansão do programa Reintegra.
- Medidas consideradas "modestas" por economistas.
- Pequenas e médias empresas foram as mais afetadas pelo tarifaço.
O impacto fiscal da nova linha de crédito é incerto e pode afetar as contas públicas. O governo tratou o valor de R$ 30 bilhões como inicial, prometendo mais medidas se necessário.
Sara Paixão, analista da InvestSmart, enfatiza a importância de monitorar o impacto fiscal das novas medidas em um cenário já delicado.
Enquanto isso, o dólar comercial subiu 0,27%, fechando a R$ 5,40, embora tenha uma queda acumulada de 12,61% em 2023.
André Valério, economista do Inter, alerta que a continuidade dessas medidas pode criar distorções e complicar a política monetária.
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