Por que a influenciadora Virgínia Fonseca vai depor na CPI das Bets
CPI das Bets ouvirá Virgínia Fonseca sobre sua relação com plataformas de apostas e a influência delas nas novas gerações. A convocação destaca a necessidade de investigação sobre práticas éticas e regulamentação no setor de jogos de azar.
Virgínia Fonseca, influenciadora digital, será ouvida nesta terça-feira (13/05), às 11h, na CPI das Bets do Senado. A comissão investiga a influência das plataformas de apostas nas famílias brasileiras e suas possíveis conexões com crimes financeiros.
Com 53 milhões de seguidores no Instagram, Virgínia é vista como chave para entender a estratégia de comunicação dessas plataformas, que visam atrair jovens. Sua convocação pela relatora Senadora Soraya Thronicke ocorreu em novembro de 2024.
A CPI busca esclarecer conflitos éticos e a necessidade de regulamentação do setor. O ministro Gilmar Mendes autorizou que Virgínia fique em silêncio durante o depoimento e esteja acompanhada por um advogado, mas não a isentou de responder sobre outros investigados.
Virgínia, de 26 anos, é natural dos EUA e se destacou nas redes sociais em 2016. Ela é empresária, fundadora da WePink, e faturou R$ 325 milhões em 2023. Em 2024, tornou-se apresentadora no SBT.
Ela já foi criticada por comentários considerados insensíveis e pelo excesso de publicidade. Sua convocação à CPI ganhou atenção após a revista Piauí revelar que recebeu R$ 50 milhões de adiantamento de um contrato com a plataforma Esportes da Sorte, ganhando 30% das perdas dos apostadores.
Virgínia deverá responder sobre os detalhes de seus contratos e o impacto de sua influência. A CPI também convocou outras figuras, incluindo Felipe Prior, por contratos similares. O Coaf foi solicitado a investigar operações financeiras suspeitas envolvendo influenciadores, incluindo a advogada Deolane Bezerra, que teve problemas legais relacionados a apostas ilegais.