Por que a Nasa quer colocar um reator nuclear na Lua até 2030
A Nasa pretende construir um reator nuclear na Lua até 2030, em meio à crescente competição espacial entre potências globais. Desafios orçamentários e questões de segurança levantam dúvidas sobre a viabilidade dessa ambição.
A Nasa vai acelerar a construção de um reator nuclear na Lua até 2030, visando uma base permanente para humanos. Este anúncio vem no contexto de uma corrida espacial com China e Rússia, que também planejam projetos semelhantes.
O chefe interino da Nasa, Sean Duffy, solicitou propostas para um reator que gere pelo menos 100 quilowatts de energia, embora isso seja considerado baixo em comparação com a potência necessária.
Desde 2022, a Nasa já tinha três contratos para o design de reatores. A energia nuclear é vista como a forma mais viável de fornecer energia na Lua devido às longas fases de luz e escuridão lunar.
Cientistas destacam que a construção de habitats lunares exigiria energia em escala de megawatts, impossibilitando a dependência apenas de painéis solares.
Embora a instalação de reatores na Lua seja tecnicamente viável até 2030, há preocupações sobre segurança e financiamento devido aos cortes de 24% no orçamento da Nasa para 2026.
Cientistas também alertam sobre a possível influência de interesses políticos na nova corrida lunar, enfatizando a importância de uma colaboração internacional em vez de uma competição exacerbada.
Os Artemis Accords foram mencionados, que estabelecem princípios para a cooperação na Lua, com zonas de segurança em torno de operações. No entanto, há preocupações de que esses arranjos possam ser usados para reivindicações territoriais.
Em um contexto de cortes orçamentários e incertezas, o próximo desafio é garantir a infra-estrutura necessária para levar pessoas e equipamentos à Lua, essencial para a viabilidade do reator nuclear.