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Por que ações “domésticas” dispararam após sinalizações duras da ata do Copom?

A expectativa de cortes futuros na Selic estimula a valorização de ações voltadas ao consumo interno, especialmente small caps. Com o fim do ciclo de aperto monetário, o mercado sente alívio, refletindo na valorização de empresas sensíveis a juros.

Ações ligadas ao consumo interno têm registrado fortes ganhos mesmo após o tom duro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Apesar da sinalização de juros elevados por mais tempo, analistas acreditam que o ciclo de aperto monetário chegou ao fim. A ata do Copom reforçou a manutenção da política contracionista por um “período bastante prolongado”, com projeções de cortes somente em 2026.

Ações como CVC (CVCB3), Magazine Luiza (MGLU3), Vamos (VAMO3) e Méliuz (CASH3) avançaram entre 10% e 20% recentemente. O índice SMLL (Small Caps) já acumula alta de aproximadamente 22%, superando o Ibovespa.

Especialistas apontam que o alívio com a ausência de novas altas na Selic e a expectativa de cortes no médio e longo prazo estão impulsionando esse crescimento. Marcos Piellusch destaca que pequenas quedas na Selic impactam significativamente o valor das empresas, especialmente as mais sensíveis ao custo de capital.

O influxo de capital estrangeiro também contribui para essa tendência. Aproximadamente R$ 20 bilhões foram atraídos para o Ibovespa até junho, com parte migrando para ações com valuation descontado.

Fatores geopolíticos, como o cessar-fogo no Oriente Médio, podem ajudar a estabilizar os preços do petróleo e reforçar as apostas em cortes de juros nos EUA e no Brasil.

Setores como varejo, educação e turismo são os mais beneficiados, com destaque para o crescimento da Méliuz, que já teve uma alta de quase 200% neste ano.

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