Por que as stablecoins estão deixando o nicho das criptos e entrando na estratégia de empresas?
O crescimento das stablecoins pode revolucionar o setor de pagamentos, permitindo que empresas reduzam custos com taxas de transação. Ao mesmo tempo, reguladores e bancos se preparam para um novo cenário financeiro, onde a concorrência se intensifica.
Estávelcoins ganham destaque entre empresas e governo dos EUA, passando de nicho a um tema importante nas corporações.
Empresas como Uber, Bank of America, Walmart, Amazon e PayPal estão explorando a emissão de suas próprias stablecoins.
A crescente adoção é impulsionada pelo desejo de reduzir taxas de transação com cartões, que somaram US$ 224 bilhões em 2023 nos EUA.
As taxas para pagamentos com stablecoins, como a Tether, são significativamente mais baixas, variando de frações de centavos a poucos dólares.
Os reguladores exigem que as stablecoins sejam lastreadas por ativos líquidos, como títulos do Tesouro dos EUA.
Dentre os benefícios, está a possibilidade de economizar em taxas e ganhar juros sobre os ativos que lastreiam a moeda.
Bancos estão atentos às implicações e alguns, como o Bank of America, já se preparam para a potencial migração de depósitos para stablecoins.
O governo Trump trabalha em um quadro regulatório para as stablecoins, enquanto bancos discutem a emissão de stablecoins conjuntas. O JPMorgan desenvolve um "token de depósito" como alternativa.
Soluções internacionais incluem stablecoins na Europa e Japão, enquanto provedores como Stripe desenvolvem redes de integração.
Porém, críticos levantam dúvidas sobre a real necessidade das stablecoins, já que redes de pagamento existentes oferecem proteção e recompensas.
A adoção de stablecoins dependerá da disposição dos consumidores em mudar seus hábitos financeiros e da clara oferta de valor para usuários finais.