HOME FEEDBACK

Por que as tarifas de Trump afetam ainda mais a Stellantis e o setor automotivo

Stellantis enfrenta dificuldades com tarifas comerciais e pressão sobre seus lucros. A montadora busca reverter cortes de empregos e perdas no mercado enquanto planeja novos investimentos nos EUA.

Stellantis enfrenta desafios com tarifas e queda de ações

O presidente da Stellantis, John Elkann, afirmou que 2025 seria um período de estabilização, mas a montadora enfrenta sérias dificuldades.

Após as tarifas de importação de 25% impostas por Donald Trump, Elkann e líderes da Ford e GM solicitaram ajuda, mesmo o sindicato United Auto Workers (UAW) sendo consultado.

As tarifas foram adiadas até 2 de abril, mas Trump ameaçou aumentá-las para 50%, causando volatilidade nas ações da Stellantis, que caíram mais da metade no último ano.

O lucro líquido da montadora caiu 70% em 2024, apesar de outros fabricantes registrarem lucros. A Stellantis, em busca de um novo CEO, prevê uma lucratividade medíocre este ano, sem contar tarifas adicionais.

Riscos aumentados

Analistas alertam que a indústria automobilística enfrentará ventos contrários, e os riscos para a Stellantis são maiores. O S&P Global rebaixou a dívida da empresa devido a preocupações com preços e tarifas.

Cerca de 45% das vendas da Stellantis nos EUA são importadas, expondo a empresa a riscos tarifários, embora menos que a Volkswagen.

A Stellantis já assumiu compromissos de fabricação nos EUA, incluindo reabertura de uma fábrica em Illinois e a construção de novos modelos, como o Ram Charger e o novo SUV Dodge Durango.

Tensões com o UAW

As relações entre a Stellantis e o UAW foram tensas sob a liderança de Tavares. O UAW rejeitou na semana passada um pedido da Stellantis para influenciar Trump devido a preocupações com demissões.

A Stellantis está contando com preços mais baixos e lançamentos de novos produtos, ao mesmo tempo que tenta melhorar sua participação de mercado em um cenário desafiador.

A empresa pretende lançar novos modelos e se beneficiar da redução das pressões regulatórias na Europa, embora seus esforços não tenham aumentados sua participação no mercado até agora.

Leia mais em bloomberg