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Por que Banco Mundial prevê pior década para o crescimento global em mais de meio século

Banco Mundial prevê crescimento global de 2,3% em 2023, o mais lento em 50 anos. A incerteza provocada por tarifas comerciais e instabilidade política ameaça a recuperação econômica, especialmente na América Latina.

A economia mundial enfrentará a pior década de crescimento em mais de 50 anos, conforme projeções do Banco Mundial.

O órgão prevê um crescimento global de apenas 2,3% para este ano, devido às incertezas das políticas tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump.

Trump impôs uma tarifa universal de 10% sobre importações, e taxas mais altas para produtos da China, causando confusão no comércio internacional. Em maio, o Tribunal de Comércio Internacional dos EUA considerou a maioria das tarifas ilegais, mas a Casa Branca conseguiu mantê-las temporariamente.

Essas incertezas levaram o Banco Mundial a adotar uma perspectiva pessimista sobre o crescimento econômico. O relatório destaca um aumento da instabilidade política e possíveis paralisações no comércio mundial, embora não preveja uma recessão, com chances abaixo de 10%.

A economia mundial está em um momento de turbulência, afirmaram os economistas Indermit Gill e Ayhan Kose. Sem uma rápida correção, os danos ao nível de vida poderão ser profundos. O relatório alerta que o crescimento médio global na década de 2020 será o mais lento desde os anos 60, com uma média de 2,5% até 2027.

A América Latina também será afetada pela desaceleração econômica. Benjamin Gedan, do Wilson Center, indica que a guerra comercial pode impactar gravemente as economias da região, que já sofreu com uma década perdida e a pandemia.

O Banco Mundial projeta um crescimento de apenas 2,3% em 2025 para a América Latina. O México terá a pior previsão, com crescimento de apenas 0,2% devido a tarifas de 25% sobre importações. O Brasil projeta um PIB de 2,4% em 2025, enquanto Chile e Peru terão crescimento menor que no ano anterior.

O futuro econômico da América Latina depende fortemente do crescimento dos EUA e da China.

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