Por que Bolsonaro foi preso, segundo a decisão de Alexandre Moraes

Prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro ocorre após descumprimento de medida cautelar por duas vezes, segundo decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, publicada em 4 de setembro.

Bolsonaro utilizou redes sociais de aliados, inclusive de seus filhos parlamentares, para divulgar mensagens instigando ataques ao STF e apoiando a intervenção estrangeira no Judiciário.

Moraes afirma que o ex-presidente contornou intencionalmente a restrição imposta para manter a prática de atividades criminosas, utilizando entrevistas como material para postagens.

Manifestações de apoiadores de Bolsonaro ocorreram em várias capitais, com o ex-presidente participando por vídeo. Moraes destaca que sua participação foi dissimulada, visando pressionar a corte suprema.

Após a primeira operação em julho, que impediu o uso de redes sociais, a prisão foi determinada junto com uma busca e apreensão na residência de Bolsonaro, onde seu celular foi confiscado.

O ministro enfatiza que “A JUSTIÇA É CEGA, MAS NÃO É TOLA” e que não se permitirá que um réu se considere impune devido a seu poder político e econômico.

As medidas cautelares incluem o uso de tornozeleira eletrônica, restrição de contato com embaixadores e proibição de aproximação de Eduardo Bolsonaro.

Bolsonaro é acusado de liderar uma organização criminosa visando atentar contra o Estado Democrático de Direito e de violar a soberania ao negociar sanções com governos estrangeiros, além de obstruir investigações.

A decisão ocorre após o anúncio de Donald Trump, que criticou o tratamento brasileiro a Bolsonaro, réu em um processo por tentativa de golpe de Estado.