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Por que C&A (CEAB3) salta 16% mesmo após reportar queda de 94% do lucro no 1T25?

A C&A surpreende o mercado com resultados operacionais melhores que o esperado, mesmo com uma queda acentuada no lucro líquido. Analistas mantêm recomendações otimistas, prevendo um potencial crescimento significativo para a empresa nos próximos anos.

Ações da C&A (CEAB3) disparam 16,15%, cotadas a R$ 14,96, após divulgação de resultados do 1T25.

No trimestre, lucro líquido despencou 94,3% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 4,1 milhões.

Apesar da queda, dados operacionais superaram expectativas:

  • Lucro líquido ajustado: R$ 2,5 milhões (recuperação de prejuízo de R$ 61,4 milhões em 2024).
  • Receita líquida: R$ 1,612 bilhão (avanço de 10,9% ano a ano).
  • Lucro bruto consolidado: R$ 872 milhões (crescimento de 13,2%).
  • Ebitda ajustado: R$ 244,5 milhões (margem de 15,2%, +2,7 pontos).

Apesar do recuo de 6,9% nas vendas em mesmas lojas (SSS), analistas consideram resultados sólidos devido ao maior tráfego nas lojas físicas.

Bradesco BBI e Morgan Stanley veem resultados positivos:

  • Bradesco mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 14.
  • Morgan Stanley espera lucro por ação em ascensão e preço-alvo de R$ 14,50.

Melhoras em serviços financeiros e queda na inadimplência foram observadas, com Ebitda da unidade em R$ 33 milhões. Dívida líquida em 0,5 vez de Ebitda é considerada saudável.

Itaú BBA elevou recomendação para desempenho acima da média com preço-alvo de R$ 15:

  • Margem bruta do vestuário: 54,6%.
  • Lucro líquido superou estimativa com R$ 7 milhões.

Aumento nas vendas por metro quadrado e melhora nos indicadores do C&A Pay destacam-se, apesar de leve queda na penetração do cartão.

Alavancagem e geração de caixa livre permanecem positivas, com R$ 375 milhões. Ciclo de conversão de caixa aumentou em sete dias.

Analistas acreditam que C&A pode dobrar lucros nos próximos anos ao equiparar produtividade com concorrentes. Ações estão precificadas a nove vezes o lucro projetado para 2026.

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