HOME FEEDBACK

Por que Copom de hoje está indefinido? Analista explica incerteza sobre Selic

Economista destaca que a decisão do Copom é complexa, com indicadores mistos de economia e inflação. Expectativas excedem a meta, mas dados recentes mostram um cenário inflacionário mais positivo no curto prazo.

Tiago Sbardelotto, economista da XP, comentou sobre a **decisão difícil do Banco Central** (Copom) em sua reunião desta quarta-feira (18), relacionada à manutenção ou alta da taxa Selic.

Segundo ele, a última ata do Copom indicou que os próximos passos dependeriam dos dados econômicos, que têm sido ambíguos.

  • A atividade econômica está forte, com desempenhos positivos no mercado de trabalho, vendas no varejo e serviços.
  • Por outro lado, a inflação está desancorada, com expectativas acima da meta.

Apesar de alguns dados de inflação mais positivos no curto prazo, impulsionados pela melhora nos bens industrializados e um câmbio favorável (dólar caindo de R$ 6 para R$ 5,50), não há uma direção clara para a política monetária.

Sbardelotto destacou que os modelos do Banco Central apontam inflação em **4,8%** para este ano e **3,6%** para o próximo, ambos acima da meta.

A comunicação do Banco Central também é um fator de incerteza, pois as declarações do presidente Gabriel Galípolo não esclarecem se haverá alta ou manutenção da taxa.

Ele acredita que o mais provável é que a taxa permaneça em **14,75%**, mas não descarta uma elevação de **0,25 ponto percentual**. Independentemente da decisão, o economista indica que não devem ocorrer novas elevações de juros a partir de agora.

Para Sbardelotto, os desafios continuam, pois há uma **política fiscal expansionista** e inflação desancorada. Ele prevê que o Copom deve manter a taxa de juros até o primeiro trimestre de **2026** e cortes são esperados apenas para o segundo semestre de **2024**.

Leia mais em infomoney