Por que crise no PT de Minas embaralha eleição para presidente nacional do partido

Crise no diretório do PT em Minas Gerais atrasa anúncio do novo presidente nacional do partido.

A imbróglio envolve a deputada federal Dandara Tonantzin (PT-MG), cuja candidatura a presidente do diretório mineiro foi barrada por dívidas partidárias. Contudo, no dia 5, ela obteve uma decisão judicial para participar da eleição.

Em resposta, o PT nacional suspendeu a eleição em Minas e convocou uma reunião de emergência para o dia 8, sem nova data definida para o pleito.

O presidente interino, senador Humberto Costa, informou que o novo presidente pode ser anunciado no dia 7 e ressaltou que o resultado pode depender da votação, mesmo com a suspensão em Minas.

O favorito é Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara e apoiado por Luiz Inácio Lula da Silva. Outros concorrentes incluem Rui Falcão, Romênio Pereira e Valter Pomar.

A eleição é vital para a condução da campanha pela reeleição de Lula até 2029. O conflito em Minas revela divisões internas, com um grupo apoiando Dandara e outro defendendo a deputada estadual Leninha.

Dandara alega que tentou pagar uma dívida de R$ 130 mil ao PT, mas enfrentou complicações bancárias. Após a anulação da candidatura, ela recorreu à Justiça.

Com a autorização judicial, o PT mineiro começou a impressão de novas cédulas, mas a Comissão Executiva Nacional decidiu pela suspensão, citando problemas logísticos.

O Diretório Nacional expressou insatisfação com a judicialização de assuntos internos e discutirá o caso na reunião de terça-feira.

Dandara reivindica que esgotou as discussões internas antes de agir judicialmente, apontando que sua situação assemelha-se à condenação de Lula pela Lava Jato.

Gleide Andrade, secretária nacional do PT, defendeu a decisão de barrar a candidatura, enfatizando que as regras financeiras devem ser seguidas.