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Por que EUA e China recuaram na guerra comercial?

EUA e China reduzem tarifas em um acordo inesperado após pressões econômicas. Apesar do avanço, especialistas alertam que tensões comerciais persistem e a estabilidade é incerta.

Reversão de Tarifas: Após um mês de guerra comercial, EUA e China reduzirão tarifas recíprocas.

A partir de amanhã, os EUA cortarão tarifas sobre importações chinesas de 145% para 30%. A China, por sua vez, diminuirá impostos sobre produtos americanos de 125% para 10%.

Ambos os lados concordam que houve um “progresso substancial”, mas especialistas acreditam que isso é apenas um adiamento temporário nas relações entre as superpotências.

Segundo Michael Hirson, da 22V Research, Trump está “recuando diante da pressão econômica”. As ações e ativos americanos caíram no início de abril, e empresas já alertavam sobre interrupções nas cadeias de abastecimento.

Apesar da redução no comércio, as exportações chinesas para os EUA caíram 21% em abril em comparação ao ano passado.

A trégua não garante um futuro estável, pois assuntos como política cambial e acesso ao mercado demandarão tempo. Stephen Olson do ISEAS-Yusof Ishak Institute afirma que “os atritos comerciais sistêmicos não serão resolvidos em 90 dias”.

Incertezas permanecem sobre as medidas não tarifárias da China. Embora o Ministério do Comércio chinês suspenda contramedidas, o controle sobre minerais de terras raras continuará.

Adicionalmente, a China pode estar em uma posição favorável, já que as tarifas reduzidas aliviam a pressão sobre suas autoridades econômicas. O enfraquecimento da moeda chinesa permite compensar o impacto das tarifas sobre exportações para os EUA.

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