Por que EUA enfrentam 'precipício demográfico', com escassez preocupante de jovens
Estados Unidos enfrentam um desafio demográfico que pode afetar o ensino superior e o mercado de trabalho. Especialistas alertam para a necessidade de trabalhadores qualificados e discussão sobre políticas de imigração e natalidade.
A taxa de fecundidade nos EUA caiu 21% desde 2007, conforme relatório do Centro Nacional de Estatísticas de Saúde (NCHS). A tendencia de baixa deve continuar, levando a um “precipício demográfico” no número de jovens de 18 anos disponíveis para o ensino superior e o mercado de trabalho.
Jeff Strohl, da Universidade de Georgetown, alerta que o problema vai além da fertilidade; há uma escassez de habilidades na força de trabalho. A necessidade de trabalhadores qualificados é crucial para enfrentar a crise econômica.
O governo Trump promove uma abordagem oposta, defendendo um “baby boom” e propondo bônus por nascimento, refletindo uma visão conservadora que busca aumentar as taxas de natalidade.
Estudos indicam uma redução de quase 13% no número de jovens que concluem o ensino médio nos próximos 15 anos, pressionando ainda mais as matrículas universitárias. Isso leva a uma escassez de trabalhadores qualificados necessária para manter a inovação.
O Departamento de Estatísticas do Trabalho alerta que as mudanças demográficas podem resultar em um crescimento do PIB de apenas 1,9% ao ano até 2032. A pressão sobre os recursos públicos aumentará com a aposentadoria da população.
A escassez de seis milhões de trabalhadores é projetada para a próxima década, especialmente nos setores de saúde, construção e hospitalidade. Experts, como Strohl, sugerem que o Japão é um exemplo a seguir, melhorando a produtividade com tecnologia.
A imigração é vista como uma solução, mas a recente promessa de Trump de deportações gera debate polarizado. Investimentos em capital humano e treinamento são fundamentais, mas a questão de financiamento permanece em aberto.
Com a previsão de menos jovens se formando, o desempenho econômico dos EUA pode ser fortemente prejudicado nos próximos anos.