Por que Melania Trump ameaça processar filho de Joe Biden em US$ 1 bilhão?
Melania Trump busca indenização multimilionária após comentários de Hunter Biden que a implicam em conexões com Jeffrey Epstein. Advogados classificam as alegações como difamatórias e exigem retratação pública.
Melania Trump, primeira-dama dos EUA, ameaça processar Hunter Biden em mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,4 bilhões) após ele afirmar que ela foi apresentada ao marido pelo criminoso sexual Jeffrey Epstein.
Advogados da primeira-dama consideram a afirmação de Hunter "falsa, depreciativa, difamatória e inflamável".
A declaração ocorreu durante uma entrevista em que Hunter criticou os laços de Donald Trump com Epstein. Trump foi amigo de Epstein, mas se desentendeu com ele nos anos 2000.
Na carta enviada aos advogados de Hunter, Melania exige a retirada da afirmação e um pedido de desculpas, sob pena de ação judicial. O documento afirma que a primeira-dama sofreu "prejuízos financeiros e à reputação esmagadores".
A carta também menciona o "extenso histórico" de Hunter em se aproveitar do nome de outros para chamar atenção.
Hunter declarou, em entrevista, que documentos sobre Epstein poderiam "envolver" Trump. Ele afirmou: "Epstein apresentou Melania a Trump — as conexões são tão amplas e profundas."
A carta legal destaca que tal alegação foi parcialmente atribuída ao jornalista Michael Wolff, que escreveu uma biografia crítica do presidente. O Daily Beast removeu uma matéria após contestação legal de Melania.
Não há evidências que confirmem que Melania tenha sido apresentada a Trump por Epstein, que morreu em 2019 enquanto aguardava julgamento.
A alegação de Hunter se baseia em um artigo removido, considerado "falso e difamatório". O advogado de Melania declarou que busca retratações e pedidos de desculpas a quem espalhar informações maliciosas.
Um perfil de 2016 da Harper's Bazaar informa que Melania conheceu Trump em 1998, em uma festa, e que se recusou a dar seu número a ele por estar acompanhado.
A carta de Melania surge em meio a pressões sobre a Casa Branca para divulgar arquivos relacionados a Epstein. Trump prometeu liberá-los se reeleito, mas o FBI e o Departamento de Justiça disseram não existir uma lista "incriminatória" de clientes ou associados de Epstein.