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Por que morte de ministro serve de alerta para elite política da Rússia

A morte de Roman Starovoit levanta questionamentos sobre a segurança de altos funcionários no atual governo russo. Mesmo sob a sombra de um suposto suicídio, o caso revela tensões sobre a corrupção e o controle estatal.

A semana começou de forma dramática na Rússia.

No dia 7 de julho, o presidente Vladimir Putin demitiu o ministro dos Transportes, Roman Starovoit. Poucas horas depois, ele foi encontrado morto em um parque nos arredores de Moscou, com um ferimento de bala na cabeça e uma pistola ao lado do corpo.

As investigações apontam para suicídio. O tabloide Moskovsky Komsomolets comentou sobre o caso, observando que um feito assim é "quase único" na história russa, lembrando-se de outro caso semelhante em 1991.

O Kremlin permanece reservado sobre a morte, com o porta-voz Dmitry Peskov reconhecendo o choque da situação, mas mantendo o foco na investigação.

A imprensa russa, no entanto, especula sobre conexões com a região de Kursk, onde Starovoit foi governador. Ele lançou fortificações na fronteira, que falharam em conter as tropas ucranianas. Seus sucessores foram presos por fraude na construção das fortificações, levando a especulações de que Starovoit poderia se tornar um réu também.

Nina Khrushcheva, especialista em Relações Internacionais, destaca que esse ato reflete uma reestalinização da Rússia, onde um oficial de alto escalão não vê saída a não ser o suicídio. A cobertura midiática foi mínima na TV estatal, que não mencionou sua demissão ou morte.

Embora a história tenha recebido pouca atenção na televisão, ela serve como um alerta para a elite política da Rússia sobre os perigos de desafiar o sistema.

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