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Por que Nauru e Lesoto foram dois dos países com maiores tarifas de Trump

Trump impõe tarifas severas a Lesoto e outros países africanos, afetando suas economias frágeis. A medida gera preocupação entre empresários e trabalhadores, que temem a perda de empregos na indústria têxtil.

Donald Trump anunciou tarifas punitivas contra Lesoto, um pequeno país africano, entre outros, na sua lista de tarifas "recíprocas".

Lesoto, com uma população de 2,3 milhões, foi atingida por uma tarifa de 50% sobre suas exportações têxteis, as quais são vitais para sua economia. O país já registrou um superávit comercial de US$ 235 milhões com os EUA em 2024, com marcas como Levi's e Wrangler.

O ministro do Comércio, Mokhethi Shelile, fará um discurso ao Parlamento sobre o impacto das tarifas. Thabo Qeshi, chefe da câmara empresarial do país, expressou preocupação com a possível perda da indústria têxtil, que emprega 30 mil pessoas.

Os Estados Unidos também aplicaram tarifas a outros países, como Nauru, Mianmar e Saint Pierre e Miquelon, afetando economias dependentes de exportações para os EUA.

Alex Owino, economista, afirmou que a Agoa (Lei de Crescimento e Oportunidades para a África) está "morta" devido a essas tarifas. Os impactos se estendem a países como África do Sul e Madagascar, que enfrentam desafios econômicos significativos.

Ha-Joon Chang, economista, criticou a lógica das tarifas, sugerindo que a antipatia de Trump por determinados países é a verdadeira motivação por trás das decisões.

As tarifas se somam a um cenário econômico desafiador para diversas nações, aumentando a incerteza sobre o futuro de suas indústrias e empregos.

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