Por que o Brasil, que não é aliado dos EUA, ficou entre os menos tarifados?
Brasil enfrenta nova tarifa de 10% sobre exportações para os EUA sob governo Trump. Negociações focadas no etanol garantiram tratamento menos severo, mas superávit americano na balança comercial preocupa.
Trump anuncia tarifaço de 10% sobre todas as exportações brasileiras para os Estados Unidos.
A nova taxação, revelada nesta quarta-feira, é resultado de negociações entre Brasil e EUA, com foco inicial no etanol.
Representantes do Itamaraty e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio participaram das discussões. O Brasil foi motivado a agir devido à influência dos produtores americanos de etanol sobre a política interna dos EUA.
O governo Lula temia uma taxação mais severa, mas enfatizou que o etanol brasileiro já havia sido tarifado anteriormente. Além disso, argumentou sobre a vantagem das tarifas para o açúcar americano, que afeta negativamente o Brasil.
Nos últimos 15 anos, os EUA acumularam um superávit de US$ 410 bilhões no comércio com o Brasil. Esse contexto foi parte da argumentação na busca por uma taxação menor.
Com a nova tarifa, a Argentina, governada por Javier Milei, também foi taxada em 10%, evidenciando a abordagem pragmática de Trump.
O Congresso brasileiro autorizou o governo a retaliar contra as tarifas de Trump.