Por que o dólar dispara ante o real e outras divisas emergentes e cai frente a outras moedas fortes?
A guerra comercial entre Estados Unidos e China intensifica a aversão a ativos de risco, impactando o valor do dólar. Investidores buscam segurança em ativos tradicionais, enquanto temores de recessão nos EUA crescem.
Guerra Comercial e Flutuação do Dólar
Com a China revidando o aumento de tarifas de 104% dos EUA com taxas de 84% sobre bens americanos:
- Dólar perde valor frente a moedas desenvolvidas;
- Sobe ante moedas emergentes, como o real e o peso mexicano.
O índice DXY caía 0,60%, a 102,334 pontos (12h de Brasília). No Brasil, o dólar a R$ 6,0621, com máxima de R$ 6,0961. Dólar avançava 0,65% ante peso mexicano e 0,46% frente ao peso chileno.
A queda do dólar reflete a aversão a ativos de risco. Investidores buscam segurança em:
- ouro;
- franco suíço;
- iene japonês;
- títulos da dívida pública da Alemanha.
A escalada na guerra comercial sugere uma potencial desaceleração da economia americana, com aumento de preços devido às tarifas, gerando possíveis estagflação (recessão + inflação).
A fuga de investidores dos ativos americanos, incluindo o dólar, está em evidência. Os Treasuries apresentam alta nos juros, indicando forte venda em meio à desconfiança do mercado sobre a posição dos EUA.
Normalmente, juros altos atraem investidores ao dólar, mas desconfiança sobre a economia americana resulta em saída de capital, mesmo com juros elevados.