Por que o mercado está redescobrindo a EcoRodovias
EcoRodovias registra alta significativa em suas ações devido ao aumento do tráfego e redução de custos de financiamento. CEO destaca que a percepção sobre a empresa está mudando e defende a viabilidade dos investimentos planejados.
EcoRodovias, a concessionária responsável por importantes ativos rodoviários no Brasil, está se recuperando após anos de alta alavancagem. A ação disparou mais de 80% em 2023, impulsionada por números de tráfego acima das expectativas e linhas de crédito mais baratas para capex.
A empresa teve uma receita líquida de R$ 1,66 bilhão no primeiro trimestre, um aumento de 9,7% em relação ao ano anterior, e seu EBITDA ajustado cresceu 15,3%, atingindo R$ 1,2 bilhão.
Apesar do crescimento, a EcoRodovias precisa realizar R$ 52 bilhões em investimentos até o fim dos contratos, com uma relação dívida líquida/EBITDA de 3,9x no primeiro tri. O CEO Marcelo Guidotti afirma que a percepção negativa sobre essa alavancagem é equivocada.
Recentemente, o Bank of America elevou o preço-alvo das ações de R$ 4,80 para R$ 9, e o Citi aumentou de R$ 7,20 para R$ 8,60.
Guidotti defende que a alavancagem é parte do modelo de negócios da EcoRodovias, que é verticalizada e busca controle de qualidade e custos. A empresa está focada em rodovias, planejando relicitar a Eco101 e espera altos retornos de seu capex.
Apesar de sua recuperação, a liquidez é baixa em comparação com concorrentes, levando analistas a sugerirem um follow-on para reduzir a alavancagem e atrair novos investidores. Guidotti afirmou que essa opção está sempre em consideração.