Por que o presidente chinês Xi Jinping quer estar próximo de Vladimir Putin — mas com cautela
Xi Jinping adota uma postura cautelosa em relação à Rússia, equilibrando amizade e distância estratégica. A China busca fortalecer laços com a Europa enquanto navega a complexa relação com Moscou, especialmente em meio à guerra na Ucrânia.
Relação entre China e Rússia: Cautela de Xi Jinping diante de Putin
Apesar de demonstrações públicas de amizade, Xi Jinping busca manter uma distância estratégica de Vladimir Putin em meio à guerra na Ucrânia.
Pequim evita críticas à Moscou, mas não oferece apoio militar direto, focando em diplomacia e laços econômicos. A China adota uma postura de neutralidade, defendendo o diálogo como solução.
A relação entre Xi e Putin é estratégica, mas calculada. Xi deseja proximidade, mas sem riscos econômicos e políticos. “A parceria é importante, mas há um risco em um alinhamento irrestrito com uma Rússia isolada”, comenta Mathieu Boulegue.
Historicamente, a China tem se esforçado para fortalecer laços com a Europa, especialmente após a presidência de Trump nos EUA. Recentemente, Xi trocou mensagens com líderes europeus, celebrando 50 anos de relações diplomáticas.
A China não condena a Rússia pela invasão da Ucrânia, referindo-se ao conflito como uma “crise” a ser resolvida por meio de diálogo. Xi busca evitar que sua relação com Putin crie atritos com a Europa.
Xi também enviou uma mensagem a Trump, afirmando que “juntos, devemos frustrar planos que tentem minar nossos laços”. Ambos criticaram as iniciativas militares de Trump, reforçando a ideia de uma nova ordem mundial.
No entanto, Xi reconhece que, apesar da força da China, a Rússia está enfraquecida pela guerra e sanções, tornando-se mais dependente de Pequim. Hoje, “a Rússia precisa muito mais da China do que o contrário”, afirma Boulegue.
Em resumo, a aliança é complexa, com sinais de tensão que podem surgir no futuro, apesar das manifestações de união entre os líderes.