Por que os ativos brasileiros têm desempenho melhor que seus pares após tarifaço
Mercados reagem a novas tarifas de Trump, com dólar em queda e Ibovespa estável. Investidores buscam ativos seguros enquanto temores de recessão global aumentam.
Dólar cai ante o real e o Ibovespa mantém-se estável nesta quinta-feira devido à aversão ao risco nos mercados globais.
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou novas tarifas, gerando temores de recessão global.
A tarifa básica de 10% será aplicada a todas as importações, com aumentos mais elevados para parceiros comerciais como:
- China: 34% (total de 54%)
- União Europeia: 20%
- Japão: 24%
- Brasil: 10% (mínima)
- México: poupado de novos aumentos
Leonel Mattos, da StoneX, classificou o cenário como um choque tarifário severo e destacou a incerteza sobre a reversão das medidas.
As tarifas podem reacender a inflação global e prejudicar a atividade econômica, contribuindo para uma possível recessão mundial.
Os investidores buscam ativos mais seguros, enquanto no Brasil, a perspectiva de diferencial de juros com os EUA traz um desempenho melhor para os ativos.
Iana Ferrão, do BTG Pactual, menciona que o Brasil pode se beneficiar com a competitividade relativa em alguns setores.
O Ibovespa caiu 0,01%, fechando a 131.181,63 pontos. O dólar à vista caiu 1,61%, cotado a R$5,6046.
O mercado precifica uma pequena possibilidade (14%) de aumento de 0,25 p.p. na Selic em maio, contra 86% de chance de uma alta de 0,5 p.p.